Resistência de porta-enxertos e híbridos de tomateiro à Ralstonia solanacearum

Nome: LAEDIO MAGNO BUSATO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/02/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
WILLIAN BUCKER MORAES Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FÁBIO RAMOS ALVES Examinador Interno
HELCIO COSTA Examinador Externo
WALDIR CINTRA DE JESUS JUNIOR Orientador
WILLIAN BUCKER MORAES Examinador Interno

Resumo: Diante da grande necessidade de desenvolvimento de técnicas que potencializem a produção de alimentos livres de produtos químicos para atender a grande pressão da sociedade mundial por alimentos mais saudáveis e devido ao aumento do uso de técnicas de enxertia, objetivou-se neste trabalho avaliar a resistencia de porta-enxertos e diferentes híbridos de tomate (Solanum lycopersicum L.) sobre Ralstonia solanacearum, agente causal da murcha bacteriana do tomateiro. O experimento foi realizado em casa de vegetação, com plantas cultivadas em vasos de 21 litros, com espaçamento de 0,55m x 1,0m e sistema de irrigação por gotejamento. Foram testados 12 tratamentos, oriundos da combinação com enxertia de 4 porta-enxertos (TSV2261, AV3-1509, Shincheonggang e Defensor) e de 3 híbridos comerciais (Fusion, Ivanhoé e BRS Imigrante), adicionados de 7 tratamentos contendo plantas não enxertadas dos genótipos em estudo, totalizando 19 tratamentos. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado dividido em dois grupos, ambos com 19 tratamentos, para avaliações de características distintas. O primeiro grupo foi inoculado com suspensão de inoculo contendo 6,0 x 107 UFC de R. solanacearum/mL, e avaliada a resistência dos tratamentos à murcha bacteriana. O segundo grupo não foi inoculado, de modo a se avaliar o potencial produtivo, o desenvolvimento vegetativo e o efeito proveniente da enxertia para cada material genético. Todos os híbridos testados foram suscetíveis à murcha bacteriana. Apenas o porta-enxerto TSV2261 apresentou resistência completa ao isolado de R. solanacearum utilizado nos testes. Para os porta-enxertos Defensor e Shincheonggang, houve variação no nível de resistência de acordo com o hibrido enxertado. Os porta-enxertos Defensor, AV3-1509, Shincheonggang e TSV2261 apresentaram produtividade inferior aos híbridos e aos tratamentos enxertados, o que permite inferir que sua utilização em áreas infestadas com R. solanacearum é viável quando enxertados com hibridos produtivos. Todos os híbridos apresentaram variação na quantidade (frutos/planta) e qualidade (peso e calibre – diâmetro) dos frutos quando
comparados testes puros com os tratamentos enxertados, sendo que os enxertados sobre Shincheonggang apresentaram maior porcentagem de frutos com maior diâmetro para todos os híbridos avaliados. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a enxertia é uma alternativa viável e eficiente para o cultivo do tomateiro em solos infestados com R. solanacearum, porém a escolha dos materiais genéticos deve ser criteriosa para garantir o sucesso da técnica e da lavoura.
Palavras-chave: tomate, murcha bacteriana, enxertia, manejo integrado.

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