Murcha de fusário em cafeeiro conilon: patogenicidade, metodologias de inoculação e diagnose molecular

Nome: MILA LETICE SANGALI MATTOS FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ DA SILVA XAVIER Co-orientador
FÁBIO RAMOS ALVES Co-orientador
WILLIAN BUCKER MORAES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ DA SILVA XAVIER Coorientador
WALDIR CINTRA DE JESUS JUNIOR Examinador Externo
WILLIAN BUCKER MORAES Orientador

Resumo: O Brasil se destaca como o maior produtor e exportador de cafés do mundo. No entanto, a ocorrência de doenças é fator limitante para aumento de produção e produtividade, afetando social e economicamente cafeicultores. Em cafeeiro conilon (Coffea canephora), a murcha de fusário é causada por fungos do complexo Fusarium spp., os quais podem afetar as plantas do cafeeiro causando, entre outros sintomas, murcha, desfolha e escurecimento do tecido vascular, culminando em perdas de rendimento e na qualidade da cultura. Diante deste cenário, torna-se importante propor metodologias de inoculação de Fusarium spp. em cafeeiro conilon, verificando sua eficiência para estudos e possibilitando acelerar a diagnose e desenvolvimento de testes de resistência. O trabalho foi conduzido empregando-se três metodologias, sendo que a primeira envolveu a inoculação conidial em discos foliares (ICF), conduzida em laboratório. Foram testados 4 isolados de Fusarium spp., em 2 clones de cafeeiro (LB1 e CV02) e 2 tipos de folha (tenra e expandida). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), em arranjo fatorial triplo com 4 repetições mais a testemunha. A segunda e terceira metodologia foram realizadas em casa de vegetação com inoculação de mudas. Foram testados 4 isolados de Fusarium spp. em 2 clones de cafeeiro (LB1 e CV02), e duas formas de inoculação (inoculação micelial em caules com ferimento-IMC e inoculação conidial por imersão radicular-ICR). O experimento foi conduzido em DIC, em arranjo fatorial triplo com 4 repetições, adicionado de duas testemunhas (uma testemunha geral para cada clone, onde as plantas tiveram suas raízes lavadas e foram transplantadas para sacolas plásticas com substrato e as testemunhas que receberam inoculação para cada metodologia citada). Na metodologia ICF, três dos quatro isolados de Fusarium spp. utilizados causaram sintomas da doença, com maior incidência nos discos de folhas expandidas. Não houve diferença entre os dois clones no tocante a intensidade da doença. Na metodologia IMC, 90% e 85% das mudas dos clones LB1 e CV02, respectivamente, inoculadas com o isolado 09 (F. solani), apresentaram sintomas da doença a partir do oitavo e décimo dias após a inoculação (DAI) e produziram sinais da doença 13 DAI. Na metodologia ICR, 180 DAI não houve manifestação de sintomas e/ou sinais da doença. A metodologia ICF é recomendada para diagnose da doença, assim como a IMC utilizando o F. solani.

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