Características de Madeiras de Caesalpinia echinata Lam. Proveniente de Reflorestamento e de Floresta Natural para Confecção de Arco de Violino.

Nome: SINVAL DOS SANTOS MARQUES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/07/2009

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADERBAL GOMES DA SILVA Examinador Interno
EDENISE SEGALA ALVES Examinador Externo
JOSÉ TARCÍSIO DA SILVA OLIVEIRA Orientador
JUAREZ BENIGNO PAES Examinador Externo
NILTON CESAR FIEDLER Examinador Externo

Resumo: A madeira de pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) foi exaustivamente explorada, no período colonial, para a produção de corante. Posteriormente, passou a ter outras finalidades mais nobres, como a produção de arcos de instrumentos musicais. Atualmente, face à proibição da utilização da madeira de pau-brasil oriunda de floresta natural, estudos estão sendo realizados em várias partes do país a fim de se produzir tal madeira de forma sustentável por meio de reflorestamentos. Assim, a madeira produzida poderá ser a alternativa futura para o suprimento da madeira de floresta natural em aplicações nobres como na fabricação de arcos de instrumentos musicais. Para que a madeira de reflorestamento seja convenientemente utilizada, necessita-se de estudos que caracterize a qualidade da madeira quanto à idade ideal para o corte. A fim de atender tal necessidade, o presente estudo teve como objetivos estudar as características dendrométricas de árvores reflorestadas de pau-brasil, as características anatômicas, a massa específica aparente, a retratibilidade e a flexão estática, por meio de métodos destrutivos e não-destrutivos, da madeira de pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) proveniente floresta natural e de reflorestamento com as idades de 10, 15, 20 25 e 30 anos. No que diz respeito à quantidade de madeira de cerne, somente as árvores com trinta anos de idade apresentaram teores de cerne satisfatórios, com predominância de madeira de alburno nas demais idades. Quanto aos elementos vasculares, houve diferença significativa entre as idades, tendo a madeira de floresta natural apresentado maior diâmetro. No entanto, para a frequência vascular houve pouca variação entre as madeiras provenientes de reflorestamento e a floresta natural. A madeira de pau-brasil de floresta natural não apresentou comprimento de fibras superior as de reflorestamento nas idades de 25 e 30 anos. A madeira de pau-brasil com 30 anos apresentou o mesmo valor de densidade que a madeira oriunda de floresta natural, indicando que esta madeira possa ter os mesmos usos atribuídos à madeira de floresta natural. A madeira oriunda de reflorestamento com 30 anos é tão estável dimensionalmente quanto à de floresta natural. Entretanto, para o módulo de ruptura (MOR), houve diferença entre as madeiras provenientes de reflorestamento e de floresta natural. Quanto ao módulo de elasticidade (MOE), nenhuma das madeiras de reflorestamento apresentou comportamento semelhante à madeira de floresta natural. O método de ensaio não-destrutivo estimou com uma boa precisão o módulo de elasticidade e a flexão estática para a madeira de pau-brasil. Em função das características avaliadas, a madeira de 30 anos é adequada para a fabricação de arco de violino.

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