Liberação de potássio de resíduos de rochas ornamentais: efeito de tratamentos químicos e térmicos

Nome: RAMIRES VENTURA MACHADO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/10/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FELIPE VAZ ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIEGO LANG BURAK Examinador Interno
FELIPE VAZ ANDRADE Orientador
RENATO RIBEIRO PASSOS Coorientador

Resumo: Este trabalho teve o objetivo de avaliar as quantidades de potássio extraídas de resíduos de rochas ornamentais, em função de diferentes tratamentos químicos (ácidos orgânicos, inorgânicos e bases), associados ou não a tratamentos térmicos (autoclave e mufla). Os resíduos de rochas ornamentais foram caracterizados química e mineralogicamente. O trabalho de dissertação foi dividido em três capítulos. No primeiro e no segundo capítulos, os experimentos foram conduzidos em laboratório, e no terceiro em ambiente controlado e em casa de vegetação. O primeiro capítulo discute sobre a liberação de potássio dos resíduos de rochas ornamentais, utilizando ácidos orgânicos. O experimento seguiu um esquema fatorial 2 x 3 x 5 com 3 repetições, em que os fatores em estudo foram: dois ácidos orgânicos (ácido cítrico e ácido málico), três resíduos de rochas ornamentais (R1, R2 e R3) e cinco doses dos ácidos orgânicos (0; 5; 10; 20 e 40 mmol L-1). No segundo capítulo foi avaliada a liberação de potássio dos resíduos de rochas ornamentais, utilizando tratamentos químicos com (ácido clorídrico - HCl, ácido nítrico - HNO3 e hidróxido de sódio - NaOH) variando ou não pressão e temperatura. Os experimentos seguiram esquema fatorial 2x3x5 com 3 repetições, em que os fatores em estudo foram: dois resíduos de rochas ornamentais (R1 e R2); três soluções extratoras (HCl, HNO3 e NaOH); e cinco doses das soluções extratoras (0; 0,6; 1,2; 2,4 e 4,8 mol L-1). No terceiro capítulo avaliou-se a liberação de potássio durante o processo de incubação dos resíduos de rochas ornamentais associados a resíduos orgânicos e sua disponibilidade para o solo e planta. Foram realizados dois experimentos, um de incubação em ambiente controlado e outro em casa de vegetação. No experimento de incubação, foram produzidos 3 materiais: M1 - Testemunha (1200g de bagaço de cana + 400 g de palha de café + 400g de esterco bovino + 400g de cama de aviário); M2 - Testemunha + 400 g do resíduo de rocha ornamental - R1; e M3 - Testemunha + 400 g de resíduo de rocha ornamental - R2). Esses materiais foram aplicados ao solo, em diferentes doses, para realização do segundo experimento, conduzido em casa de vegetação, em esquema fatorial 3x6 com 3 repetições, onde os fatores em estudo foram 3 materiais (M1, M2 e M3 produzidos a partir das incubações); 6 doses dos materiais (0, 5,
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10, 20, 40 e 80 t ha-1). Os materiais foram aplicados em vasos contendo 3 dm3 de solo, onde cultivaram-se plantas de milho. Os dados foram submetidos à análise de variância sendo que, para os fatores qualitativos, foram desdobrados contrastes ortogonais, e para o fator quantitativo ajustaram-se modelos de regressão. Os resultados experimentais mostraram que os tratamentos químicos associados ou não aos tratamentos térmicos aumentaram a liberação de potássio dos resíduos de rochas ornamentais, influenciando de maneira significativa. O R1 foi superior aos demais resíduos na liberação de potássio. O ácido cítrico foi superior ao ácido málico na liberação de potássio dos resíduos de rochas ornamentais. O experimento com o autoclave conseguiu extrair os maiores teores de potássio quando se utilizou a dose de 4,8 mol L-1 de hidróxido de sódio, após 5 horas de permanência. O material incubado M1 que não recebeu resíduos de rochas ornamentais, foi superior aos outros materiais incubados na liberação de potássio, na produção de matéria seca e acúmulo de potássio da parte aérea de plantas de milho e no fornecimento de potássio para o solo.
PALAVRAS-CHAVE: Potássio; Solubilização; Resíduo de rocha

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