Propagação in vitro e determinação do número cromossômico de Myrsine coriacea (Primulaceae)

Nome: MICHELI SOSSAI SPADETO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA Examinador Interno
MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES Examinador Externo
TAÍS CRISTINA BASTOS SOARES Examinador Interno
WELLINGTON RONILDO CLARINDO Orientador

Resumo: As técnicas de cultura de tecidos in vitro podem gerar subsídios à propagação e manutenção do germoplasma de espécies florestais de interesse, como Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult. (Primulaceae). Essa espécie vem se destacando na indústria farmacêutica por produzir substâncias como o ácido mirsinóico B, de efeito antinociceptivo e a proteína lectina, com ação potencial na cura do câncer. Além disso, o estabelecimento in vitro de M. coriacea, é importante no fornecimento de material vegetal (folhas e raízes) para análises citogenéticas e de citometria de fluxo, que podem ser utilizadas para a caracterização cariotípica da espécie. Com base no exposto, o presente trabalho teve como objetivos: estabelecer um protocolo de propagação in vitro para M. coriacea, mensurar o conteúdo de DNA nuclear e determinar o número cromossômico dessa espécie. Desse modo, plântulas de M. coriacea foram obtidas por duas vias de propagação in vitro: germinação de sementes maduras e regeneração a partir de embriões zigóticos imaturos. A maior frequência de germinação (100%) foi observada para sementes previamente tratadas com HCl 10% e inoculadas em meio MS suplementado com 10.74 µM de ácido giberélico, no qual, as primeiras plântulas foram geradas após 41 dias de cultivo. Na embriogênese somática, utilizando embriões zigóticos imaturos, calos friáveis e embriões somáticos foram obtidos em meio MS suplementado
com 4.44 µM de 6-benzilaminopurina, sendo que as plântulas foram
regeneradas após 120 dias de cultivo. Folhas e raízes das plântulas obtidas in vitro foram utilizadas nas análises de citometria de fluxo, as quais revelaram uma variação intraespecífica no conteúdo de DNA nuclear de M. coriacea. Tal variação se confirmou nas análises citogenéticas, onde alguns indivíduos apresentaram 2n = 45 e outros 2n = 46 cromossomos. Tendo em vista a dioicia em M. coriacea, os dados sugerem que essa variação esteja relacionada à presença de cromossomos sexuais. Além disso, grupos de pares de cromossomos morfologicamente idênticos também foram observados indicando
uma possível origem poliploide da espécie. Os resultados obtidos nesse estudo contribuem com estudos sobre determinação do sistema sexual, evolução e cultivo in vitro do gênero Myrsine.

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