Levantamento de espécies virais infectando plantas cultivadas e não cultivadas no Espírito Santo

Resumo: Ao redor do globo, os diversificados membros do grupo dos fitovírus (vírus que infectam plantas) tem causado sérios impactos sobre a sociedade, mesmo não sendo patogênicos aos humanos, o fato, é que diversas espécies vegetais de importância econômica, incluindo monocotiledôneas e dicotiledôneas podem ser infectadas, com ou sem manifestação de sintomas. Além de infectar plantas cultivadas, os fitovírus podem se hospedar em plantas não cultivadas, que atuam como fontes de inóculo nos períodos de entressafra, garantindo a sobrevivência do patógeno no campo. Além disso, plantas não cultivadas, podem hospedar potenciais vírus emergentes para culturas de importância econômica, oferecendo um risco a segurança alimentar quando os “saltos” entre hospedeiros ocorrem. Para a rápida e segura diagnose de espécies virais, tem sido utilizado alguns testes sorológicos e moleculares, baseados em reações antígeno-anticorpo e na detecção de ácidos nucleicos, respectivamente. Aliado aos testes moleculares, alguns baseados nas variações da reação em cadeia da DNA polimerase (PCR), os métodos de sequenciamento de nova geração tem direcionado a identificação de um grande número de espécies, especialmente em circunstâncias onde as informações são limitadas acerca dos agentes etiológicos investigados. Atualmente, as informações disponíveis sobre os fitovírus em sistemas agrícolas do território capixaba são extremamente escassas, o que ressalta o relevante papel de um levantamento da diversidade desses patógenos de plantas. Recorreremos a abordagens sorológicas (Enzyme-linked Immunosorbent assay (ELISA) e suas variações) e moleculares (PCR, RT-PCR, qRT-PCR, qPCR) para detectar as espécies virais. Em além de caracterizaremos alguns genomas virais utilizando métodos de Sequenciamento de Nova geração, tanto em plantas cultivadas quanto em não cultivadas, oriundas de áreas de produção agrícola do Espírito Santo. O levantamento terá uma ampla abrangência no território capixaba e através dele espera-se expandir o conhecimento sobre a incidência de algumas espécies virais já relatadas ou novas com a finalidade de manter o setor fitossanitário alerta e subsidiar as estratégias de manejo.

Data de início: 06/05/2020
Prazo (meses): 36

Participantes:

Papel	Nome
Coordenador	ANDRÉ DA SILVA XAVIER
Pesquisador	CÍNTIA DOS SANTOS BENTO
Técnicos	CARLOS EDUARDO COSTA PAIVA