Associação de óleos essenciais e vírus entomopatogênico no manejo de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae)

Nome: ALEXANDRA APARECIDA ZORZAL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/07/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HUGO JOSÉ GONÇALVES DOS SANTOS JUNIOR Orientador
LEANDRO PIN DALVI Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HUGO JOSÉ GONÇALVES DOS SANTOS JUNIOR Orientador
JOSÉ ROMÁRIO DE CARVALHO Suplente Externo
LEANDRO PIN DALVI Examinador Interno
VICTOR DIAS PIROVANI Examinador Externo

Resumo: A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada a principal praga do milho no Brasil. É um inseto polífago, com grande capacidade de infestar diferentes culturas de importância econômica. Seu manejo é realizado usualmente por meio de métodos químicos que podem causar problemas ambientais e favorecer o surgimento de populações de insetos resistentes aos inseticidas químicos sintéticos. Dessa forma, encontrar um método adequado para o manejo dessa praga torna-se necessário. Assim, o objetivo geral desse estudo foi avaliar a toxicidade dos óleos essenciais e o efeito associativo destes com Spodoptera frugiperda multiple nucleopolyhedrovirus (SfMNPV). Os ensaios experimentais foram realizados no Laboratório de Controle Microbiano de Insetos, Setor de Entomologia do NUDEMAFI, localizado no Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCAE/UFES). O estudo foi dividido em duas etapas, a primeira teve como objetivo, avaliar o efeito ovicida e a toxicidade de óleos essenciais às lagartas de S. frugiperda e a segunda etapa foi avaliar o efeito associativo do óleo de neem com o vírus entomopatogênico Spodoptera frugiperda multiple nucleopolyhedrovirus (SfMNPV). Na primeira etapa, realizou-se o método de imersão para avaliar a atividade ovicida e a pulverização para avaliar a toxicidade dos óleos sobre os três primeiros ínstares larvais de S. frugiperda. Com base nos resultados comprovou-se que todos os óleos apresentam atividade ovicida superior a 47%, destacando-se os óleos de citronela, melaleuca, palmarosa que afetaram a eclosão de todos os ovos. Com relação à atividade inseticida as larvas de S. frugiperda, as taxas de mortalidade variaram entre 2 a 94%. Além disso, verifica-se que houve uma diminuição da atividade inseticida com o desenvolvimento larval, exceto quando analisamos os índices de mortalidade do óleo de cravo no 2 e 3º ínstar de S. frugiperda. Baseando-se nos resultados e também pelo interesse de controlar essa espécie de inseto praga antes da eclosão ou no primeiro ínstar larval, foram estimadas as concentrações letais do óleo de
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neem e copaíba, isso para subsidiar o estudo de associação com o SfMNPV. Portanto, com base nas estimativas da CL50 e CL95 do óleo de neem avaliou-se a associação com o isolado de SfMNPV na segunda etapa dessa pesquisa. Para isso, o efeito associativo entre o óleo de neem e o isolado de SfMNPV foi avaliado no 1º ínstar larval de S. frugiperda utilizando as respectivas CL50 e CL95 do óleo vegetal e vírus entomopatogênico. Dessa forma, determinou-se que a associação do SfMNPV com o óleo de neem afetou a multiplicação do vírus no seu hospedeiro natural, S. frugiperda, reduzindo consequentemente o número de poliedros virais por lagarta inoculada. Contudo, apesar de não ter ocorrido uma interação sinérgica, acredita-se que, é uma opção que pode ser avaliada em condições de campo, isso em virtude dos benefícios que o óleo vegetal promove aos poliedros virais no ambiente em relação à proteção contra a radiação ultravioleta.

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