Balanço geoquímico e pedogênese sobre rochas cristalinas ácidas na região do Caparaó, Espírito Santo

Nome: RAMON MACHADO LOUREIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/08/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DANILO DE LIMA CAMÊLO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANILO DE LIMA CAMÊLO Orientador
DIEGO LANG BURAK Suplente Interno
FELIPE VAZ ANDRADE Examinador Interno
MARCELO METRI CORREA Examinador Externo

Resumo: Ao longo do tempo diversos estudos foram realizados com o intuito de compreender aprofundadamente os fatores e processos de formação dos solos do mundo, e aqueles destinados ao entendimento do balanço geoquímico e mineralógico, aliados aos índices de intemperismo tem promovido condições de estimar estágios futuros dos solos, mobilidade de elementos, processos de lixiviação e potencial agrícola. Assim, objetivou-se com trabalho compreender a dinâmica dos processos pedogênicos em diferentes posições de uma vertente em região tropical, por meio da identificação e quantificação dos fluxos de massa e formação dos minerais de argila em solos desenvolvidos de rochas cristalinas da região do Caparaó, Espirito Santo. Foram coletados quatro perfis ao longo da vertente; as amostras dos horizontes secas ao ar, destorroadas e passadas em peneira com malha de 2 mm, obtendo-se a terra fina seca ao ar (TFSA). A caracterização dos solos e determinação do balanço geoquímico foi fundamentada nas análises químicas e físicas de rotina, fluorescência de raios-x e perda por ignição (LOI). A composição mineralógica a formação dos argilominerais foi analisada por difratometria de raios-x, análise de susceptibilidade magnética, extrações seletivas das formas de ferro e curvas termogravimétricas. Com base nos dados obtidos pode-se concluir que: - O relevo apresentou forte influência no avanço da pedogênese devido a sua contribuição para a distribuição, infiltração e dinâmica da água no sistema, bem como para o aporte detrito-coluvial contínuo, que exerce efeito rejuvenescedor nos solos, sobretudo nos horizontes superficiais. - Por meio dos índices de intemperismo os solos foram classificados em estágio intermediário de intemperismo, próximos a completa caulinização. O grau de evolução pedogênica dos perfis foi P4>P1>P2>P3. - A assembleia mineralógica da fração argila é dominada por caulinita e ilita, oxihidróxidos de Fe cristalinos (hematita e goethita), gibbsita e K-feldspato. Em menor proporção são encontrados plagioclásios e vermiculitas com hidroxi-Al entrecamadas. - A elevada atividade da fração argila em superfície, sobretudo em P1 e P2, evidencia a participação significativa da ilita na capacidade de troca catiônica dos solos. Esse efeito foi atribuído a remoção parcial do K nas entrecamadas (interestratificação mineral), originando pequena capacidade de expansão e contração das camadas 2:1, e consequente aumento da capacidade de troca catiônica e superfície específica. - A relação inversa caulinita-gibbsita não reflete o estágio pedogênico dos solos, ratificado pelos maiores teores de gibbsita em profundidade no saprólito (P2-Cr).

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Alto Universitário, s/nº - Guararema, Alegre - ES | CEP 29500-000