DIVERSIDADE DE RESPOSTAS DE PLÂNTULAS DE CULTIVARES DE Psidium guajava L. SOB ESTRESSES OSMÓTICO E SALINO IN VITRO

Nome: KAOÂNY FERREIRA DA SILVA

Data de publicação: 24/06/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA Examinador Interno
MILENE MIRANDA PRACA FONTES Presidente
PAULO CEZAR CAVATTE Examinador Externo
RODRIGO SOBREIRA ALEXANDRE Examinador Externo

Resumo: A ocorrência de solos salinos e água de baixa qualidade tem ascendido em lavouras comerciais, problemática que interfere diretamente sobre a produtividade de diversas culturas, dentre elas a goiabeira (Psidium guajava L.). Espécie frutífera de maior importância da família Myrtaceae, apresenta grande variabilidade genética e se encontra em diferentes regiões de cultivo no Brasil, o que leva a crer em seu grande potencial de flexibilidade agroclimática. A adoção de tecnologias como experimentações em ambientes in vitro têm se mostrado fortes aliados neste campo diante de benefícios como alta repetibilidade em pequenos espaços, controle ambiental e entre outros. Neste trabalho, objetivou-se estudar as respostas adaptativas desencadeadas por plântulas de P. guajava sob estresses osmótico e salino in vitro a partir da adição dos compostos ativos Manitol e NaCl no meio de cultura. No primeiro capítulo foram analisadas as variáveis morfológicas - comprimento de parte aérea (mm), comprimento de raiz (mm), número de folhas e massa fresca total das plântulas (mg) - e anatômicas - produção de cutícula e cera epicuticular – em plântulas oriundas de sementes de ‘Paluma’ cultivadas em meio sem compostos ativos (os = 0 MPa), 12,26 g L-1 de Manitol (os = -0,5 MPa), 24,52 g L-1 de Manitol (os = -1 MPa), 5,9 g L-1 de NaCl (os = -0,5 MPa) e 11,8 g L-1 de NaCl (os = -1 MPa). Observou-se que as plântulas apresentaram como resposta a redução do número de folhas quando submetidas aos estresses, com enfoque ao estresse osmótico e, aumento de cutícula e cera epicuticular nas folhas sob estresse salino in vitro. No segundo
capítulo, variáveis morfológicas - comprimento de parte aérea (mm), comprimento de raiz (mm), número de folhas, massa fresca total (mg), massa seca total (mg) e teor de água (%) - e bioquímicas - clorofila a (g kg-1 MS), clorofila b (g.kg-1 MS), carotenóides
(g kg-1 MS), compostos fenólicos (mg g-1 MS), aminoácidos totais (mM g-1 MS), prolina (mmol kg-1 MS) e malondialdeído (mmol g-1 MS) de plântulas foram analisadas sob fatorial duplo, com os tratamentos citados anteriormente e três cultivares comerciais,
‘Paluma’, ‘Cortibel Rugosa Média’ e ‘Cortibel Rugosa Grande’. Os resultados observados corroboram que existem diferença entre as cultivares sob estresse osmótico e salino. Estas diferenças foram perceptíveis pelas respostas desencadeadas por suas plântulas. Todas as cultivares apresentaram aumento de biomassa vegetal. Enquanto plântulas de ‘Paluma’ aumentaram massa fresca e seca para ambos estresses testados, as plântulas de ‘Cortibel Rugosa Média’ aumentaram a produção de biomassa vegetal sob maior concentração de Manitol e ambos tratamentos com NaCl, enquanto plântulas de ‘Cortibel Rugosa Grande’ aumentaram as médias de massa seca e fresca sob estresse salino em ambos tratamentos. Concluiu-se que os genótipos desencadeiam comportamentos diferentes quando condicionados aos estresses osmótico e salino em níveis morfológicos, anatômicos e bioquímicos, e variam também entre genótipos. Sendo assim, são necessárias caracterizações destas respostas para entender as particularidades de cada cultivar e sua aptidão climática, de forma a estabelecer um manejo correto e eficiente para cada uma delas.

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