Atributos de um argissolo amarelo coeso sob cultivo de cafeeiro a pleno sol e consorciado com espécies arbóreas

Nome: LUCAS CONTARATO PILON
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDUARDO DE SÁ MENDONÇA Co-orientador
RENATO RIBEIRO PASSOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIEGO LANG BURAK Examinador Interno
EDUARDO DE SÁ MENDONÇA Examinador Interno
OTACÍLIO JOSÉ PASSOS RANGEL Examinador Externo
RENATO RIBEIRO PASSOS Orientador

Resumo: Diante da necessidade de obter informações sobre o cultivo de cafeeiros arborizados, o objetivo do trabalho é avaliar a relação dos atributos químicos, físicos e os componentes da matéria orgânica do solo sob cultivo de café consorciado com diferentes espécies arbóreas, comparativamente ao café cultivado a pleno sol, tendo como referência uma área sob floresta. O trabalho foi conduzido em sistemas de produção de café, numa propriedade familiar, município de Nova Venécia - ES. O solo da área é um ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico, cultivado com café conilon consorciado com árvores, dividido em quatro talhões com diferentes sistemas de uso e manejo: 1) café sem consórcio (pleno sol), 2) café consorciado com nim (Azadirachta indica), 3) café consorciado com cedro australiano (Cedrela fissilis) e 4) café consorciado com teca (Tectona grandis). Foi utilizado um solo de área florestal, como referência. A amostragem do solo foi realizada nas seguintes profundidades: 0,0 0,05; 0,05 0,10; 0,10 0,20; e 0,20 0,40 m, avaliando-se atributos químicos (pH, P, K, Ca, Mg, Al, H+Al, N, C total, C solúvel em água, C biomassa microbiana e emissão de CO2) e físicos do solo (granulometria, densidade do solo e de partículas, porosidade total, macro e microporosidade, estabilidade de agregados e resistência do solo à penetração). A avaliação do carbono solúvel (C solúvel) e do carbono da biomassa microbiana do solo (CBMS) foi realizada em duas épocas (março e setembro/2012) nas profundidades de 0,0 0,05 e 0,05 0,10 m; já a emissão de CO2 foi medida na mesmas épocas que, na presença e ausência de serapilheira. Os resultados experimentais mostraram que os sistemas de uso e manejo apresentaram comportamento diferenciado para grande parte dos atributos estudados. O solo florestal apresentou maiores teores e estoques de carbono orgânico total e nitrogênio total, 19,8 e 1,99 Mg ha-1 respectivamente além de maior teor de carbono na biomassa microbiana (518,8 μg g-1 solo em março e 364,8 μg g-1 solo em setembro). Os atributos dos solos sob cafeeiros consorciados, de maneira geral, não diferiram do solo sob cafeeiro a pleno sol, exceção feita para os atributos Mg, N e o C SOLÚVEL, CBMS, quociente microbiano (qMic) na duas épocas de
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coleta, os quais foram superiores nos consórcios agroflorestais, e os atributos COT/C solúvel e quociente metabólico (qCO2) inferiores, denotando maior estabilidade dos cafeeiros arborizados. O café a pleno sol mostrou-se um agroecossitema mais perturbado com maior qCO2 (1,81 μg CO2 CBMS-1 h-1 em março e 2,44 μg CO2 CBMS-1 h-1 em setembro). A proteção do solo ocasionada pelo sombreamento das árvores e a deposição de serapilheira influenciaram principalmente os atributos biológicos estudados, favorecendo a um maior equilíbrio nos cafeeiros arborizados. Com relação aos atributos físicos, o consórcio proporcionou menor densidade do solo, maior porosidade total e macroporosidade do solo, diferindo do café a pleno sol. Os cafeeiros consorciados se diferiram somente na agregação do solo. A resistência do solo à penetração foi influenciada pela umidade do solo, com destaque para o café a pleno sol que apresentou valores mais baixos desse atributo, em função da irrigação, que elevou a umidade do solo.

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