INSUMOS BIOLÓGICOS E ADUBAÇÃO VERDE NA RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS

Resumo: A produção pecuária mundial tem se destacado como sistema produtivo com um cenário de alto nível de emissão de CO2 (ou gases equivalentes) sendo parte oriunda do efeito da degradação do solo em pastagens mal manejadas. Estima-se que 18,1 % de área total (238.943,66 ha) cultivada com pastagem no Estado do Espírito Santo, encontra-se em degradação. Por outro lado, pastagens bem manejadas podem apresentar um saldo positivo no sequestro de carbono no solo alinhando a produção pecuária às demandas internacionais de mitigação do aquecimento global e da agricultura de baixo carbono. Dentro dos preceitos do manejo conservacionista do solo, a ciclagem de nutrientes pela adubação verde, fixação biológica de nitrogênio por bactérias diazotróficas endofíticas (BDE) e uso de bioestimulantes do crescimento vegetativo avançaram como promissores para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, existindo ainda lacunas quanto ao seu desenvolvimento para diferentes culturas e condições edafoclimáticas. A co-inoculação de BDE com substâncias húmicas tem sido utilizado com sucesso na introdução, estabelecimento e maximização da biofertilização de N. Adicionalmente, substâncias húmicas apresentem multifuncionalidades dentre as quais bioestimulação e melhoria na capacidade de absorção de nutrientes pelas plantas. Complementando tais efeitos bioestimulantes e biofertilizantes, o uso de adubos verde tem um papel importante na ciclagem de nutrientes, proteção do solo e fonte de matéria orgânica. Dentre os adubos verde, destaca-se o gênero Stylosanthes com grande potencial na recomposição da vegetação e recuperação de áreas degradadas em condições adversas de menor fertilidade e disponibilidade hídrica. Tal potencialidade pode ser maximizada pela bioestimulação com ácidos húmicos e óleo essencial de eucalipto. Diante o exposto, a presente proposta tem como objetivo desenvolver, avaliar e validar biotecnologias integrando o uso de bactérias diazotróficas endofíticas e substâncias húmicas fisiologicamente ativas em pastagens degradadas em associação com a leguminosa estilosante bioestimulada com óleo essencial de eucalipto e substâncias húmicas como estratégia inovadora para maximização da produtividade das pastagens e qualidade do solo. Com isso espera-se gerar um avanço do conceito de insumos biológicos para o desenvolvimento e inovação das diferentes etapas da cadeia produtiva da agricultura capixaba alavancando parcerias públicas e privadas no âmbito da inovação tecnológica, carentes de iniciativas nesta direção. Tal impacto repercutirá em diferentes esferas desde a melhoria expressiva da agricultura menos tecnificada gerando maior qualidade e sustentabilidade social da agricultura familiar assim como o aumento do poder competitivo da agricultura mais tecnificada pela redução de custos e aumento na eficiência produtiva. A difusão dos produtos gerados por meio de cursos, dias de campo, cartilhas e palestras incentivarão a sua aplicação pelo produtor rural em substituição às tecnologias de menor sustentabilidade, valorizando a atividade pecuária e direcionando a região como exemplo de desenvolvimento sustentável. Além disso, espera-se gerar informações consistentes como subsídios para políticas públicas de manejo e conservação do solo dentro dos preceitos da agricultura de baixo carbono, tornando a atividade pecuária um sistema produtivo com uma imagem mitigadora de carbono

Data de início: 21/12/2016
Prazo (meses): 48

Participantes:

Papel	Nome
Coordenador	DIEGO LANG BURAK
Vice-Coordenador	EDUARDO DE SÁ MENDONÇA
Vice-Coordenador	ANDERSON LOPES PEÇANHA