Tratamento eletrolítico da água residuária do café: otimização e modelagem

Nome: BENVINDO SIRTOLI GARDIMAN JUNIOR
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 04/12/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GIOVANNI DE OLIVEIRA GARCIA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE CÂNDIDO XAVIER Examinador Interno
DAMARIS GUIMARÃES Examinador Externo
EDVALDO FIALHO DOS REIS Coorientador
PAOLA ALFONSA VIEIRA LO MONACO Suplente Externo
ROBERTO AVELINO CECÍLIO Suplente Externo

Páginas

Resumo: O café é um dos produtos mais importantes na balança comercial, representando grande expressividade na economia brasileira. Visando a agregação de valor ao produto, realiza-se o processamento via úmido dos grãos (despolpa), o que gera grandes volumes de efluentes (águas residuárias do café - ARC), ricos em compostos orgânicos e inorgânicos capazes de promover degradação ambiental do solo e da água quando tratados incorretamente. Neste sentido, objetivou-se propor um sistema eletrolítico com placas de alumínio operando em fluxo contínuo no tratamento da ARC sem e com recirculação, ARC 1 e ARC2, respectivamente. Para tanto, inicialmente conduziram-se 12 (doze) experimentos em modo batelada para cada uma das ARC’s seguindo um delineamento inteiramente casualisado, em esquema de parcelas sub-subdivididas, com duas repetições. Nas parcelas o fator distância de placas em três níveis (DP = 10, 20 e 30 mm) foi avaliado, nas subparcelas o fator densidades de correntes em quatro níveis (DC = 25, 50, 75 e 100 A m-2) e nas sub-subparcelas o fator tempo de detenção ou retenção hidráulico do efluente no reator em dez níveis (Tempo: 0, 60, 121, 183, 247, 312, 378, 446, 516 e 586 s), para a ARC1 e onze níveis para ARC2 (Tempo: 0, 300, 606, 918, 1237, 1562, 1894, 2234, 2580, 2934 e 3296 s). O reator utilizado foi construído em vidro com dimensões internas de 8,15 cm de largura, 13,8 cm de comprimento e 8,9 cm de profundidade, possuindo um volume de 1000 cm3. Avaliou-se a eficiência de remoção dos poluentes e os custos operacionais envolvidos no tratamento das ARC’s. Após o emprego das técnicas de otimização, constatou-se que: as médias das condições ótimas de operação, refletindo a maior remoção das variáveis monitoradas, são em intervalos de Tempo de 376 segundos, DC de 70 A m-2 e DP de 26 mm para a ARC1, e intervalos médios de Tempo de 2614 segundos, DC de 63 A m-2 e DP de 21 mm para a ARC2. Em experimentos posteriores para a validação do sistema em fluxo contínuo nas condições otimizadas, obteve-se para a ARC1 uma remoção de 68,35%, 25,55% e 3,68%, para a turbidez, sólidos totais e DQO, respectivamente. Já para a ARC2, a remoção apresentou valores de 95,85%, 24,34% e 9,71%, para a turbidez, sólidos totais e DQO, respectivamente. Maiores taxas de remoção foram evidencias para a ARC1 para as variáveis turbidez e sólidos totais (133 NTU min-1 e 143,5 mg L-1 min-1, para turbidez e sólidos totais, respectivamente), devido ao menor tempo de tratamento. Para a ARC2, maiores taxas de remoção foram detectadas para a DQO (42 mg L-1), demonstrando que a degradação dos seus percursores acontece em Tempos mais longos. Maiores consumos elétricos na remoção dos poluentes (11,16 kW.h m-3) e custo operacional de tratamento (R$ 4,2 m-3) foram evidenciados para a ARC2, ocasionados pela elevada concentração das variáveis nesse efluente. Para a ARC1, o custo operacional do tratamento, nas condições otimizadas, foi de R$ 0,66 m-3 e o consumo elétrico de 1,75 kW.h m-3, provavelmente relacionados às menores taxas das variáveis observadas.

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