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CANCRO DOS RAMOS DO CAFEEIRO (CRC): VARIABILIDADE DE GENÓTIPOS RESISTENTES E EFICÁCIA DE FUNGICIDAS

Nome: MATHEUS RICARDO DA ROCHA

Data de publicação: 26/04/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE DA SILVA XAVIER Coorientador
FABIO LUIZ PARTELLI Coorientador
FABIO RAMOS ALVES Coorientador
KARINA PERES GRAMACHO Examinador Externo
LEONARDO ARAUJO Examinador Externo

Páginas

Resumo: O Brasil é o maior produtor e exportador de café (Coffea spp.) do mundo e o segundo maior em relação ao café conilon. Entretanto, doenças fúngicas como o cancro dos ramos do cafeeiro (CRC), causado por Fusarium spp., tem potencial de danos de até 100% em materiais mais suscetíveis de C. canephora. Até o momento, métodos de controle não são relatados para o manejo da doença. Neste sentido, objetivou-se caracterizar a resistência de clones e a eficácia de fungicidas para o controle da CRC, causado por F. solani. Para os experimentos de resistência, mudas de 36 clones de C. canephora, sendo 20 do grupo varietal robusta e 16 do grupo varietal conilon, foram inoculadas com F. solani pelo método Inoculação Micelial em Caules com Ferimento (IMC), transferindo-se discos de micélio e esporos do patógeno, crescidos em batata-dextrose-ágar (BDA) por 10 dias, para cortes longitudinais no caule de cada unidade amostral. Os dados quantificados da doença ao longo do tempo foram submetidos a análises de variância, teste de médias de Scott-Knott e bootstrapping com auxílio do software R, agrupando-se clones de acordo com a resistência. Para a variável tamanho de lesão interna (cm) e de acordo com os testes de Scott-Knott, os clones Imbigudinho, Bamburral, Bicudo, P2, AD1, A1, AP e Peneirão agruparam-se entre os mais resistentes do grupo varietal conilon, enquanto G20, L33, VR4, R22, R40 e 7 foram os clones mais resistentes do grupo varietal robusta. Para os experimentos de controle químico, dez fungicidas (Met+Flu, Dif+Pid, Cyc, Tia, Tia+Flu+Met, TioMet+Flu, Pid, TioMet, Pro+Nap e Flu) foram testados na inibição do crescimento micelial de F. solani em doses crescentes entre 0.0001-10000 g.mL-1 em meio de cultura BDA. A EC50, concentração efetiva para inibir 50% do patógeno, estimada de acordo o modelo log-logístico LL2.3 no software R, variou entre 0.06-5.77 g.mL-1, e apenas o fungicida Flu foi considerado ineficaz, com EC50 superior a 50 g.mL-1. Em casa de vegetação, quatro doses de nove fungicidas foram pulverizadas preventivamente a inoculação, posteriormente, foram inoculadas com F. solani pelo método IMC em mudas de C. canephora com três pares de folhas (clone LB1). Com base em curvas de Kaplan-Meier estimadas no software R e testes de log-rank, a aplicação de fungicidas resultou na redução de sintomas e ramos secos. Os fungicidas Pro+Nap, TioMet, Dif+Pid, TioMet+Flu, e Cyc foram aqueles mais eficientes, não ocorrendo seca de plantas nas maiores doses em estudo, com probabilidade de sobrevivência de plantas de até 100% ao longo de todo o experimento. Os resultados obtidos neste estudo serão essenciais para estabelecer o manejo integrado eficiente da CRC, importante doença em expansão em regiões produtores de C. canephora no Brasil.

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