Seleção, biologia e exigências térmicas de trichogramma sp. Criados
em ovos de diaphania nitidalis cramer (lepidoptera: pyralidae).

Nome: ALEXANDRE FARIA DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2007

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIRCEU PRATISSOLI Orientador
EDVALDO FIALHO DOS REIS Examinador Interno
RICARDO ANTÔNIO POLANCZYK Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo selecionar a(s) espécie(s) de
Trichogramma criados em ovos de Diaphania nitidalis Cramer (1782)
(Lepidoptera: Pyralidae) para um possível controle biológico desta praga. O experimento foi conduzido no Núcleo de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico e Manejo Fitossanitário de Pragas e Doenças (NUDEMAFI) do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCAUFES), em sala climatizada a uma temperatura de 25±1ºC, umidade relativa de 70±10% e fotofase de 14 horas. As fêmeas das espécies de Trichogramma pretiosum Riley (1879) (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Trichogramma exiguum Pinto & Platner (1978) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner (1983) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) foram individualizadas em tubos de vidro, os quais foram colocadas cartelas de cartolina com 25 ovos do dia de D. nitidalis, sendo permitido um parasitismo por 24 horas. A porcentagem de parasitismo foi significativamente maior para T. pretiosum 25,66% enquanto que para T. exiguum esse valor foi 2,2 vezes inferior, já para T. atovirllia não houve parasitismo sobre ovos de D. nitidalis. T. pretiosum foi a espécie que apresentou maior potencial de controle de D. nitidalis na temperatura de 25ºC. Na segunda etapa, avaliou-se a biologia e exigências térmicas de T. pretiosum criados em ovos de D. nitidalis sob diferentes temperaturas. Inicialmente, ovos de D.nitidalis foram submetidos ao parasitismo de T. pretiosum, durante cinco
horas na temperatura de 25oC, sendo então transferidos para câmaras
climatizadas reguladas para as temperaturas de 18, 21, 24, 27, 30 e 33±1oC. A duração do ciclo (ovo-adulto) foi influenciada pelas temperaturas variando de 7,75 a 27,5 dias para T. pretiosum. A percentagem de emergência de T. pretiosum foi mais elevada na faixa de temperaturas entre 21 a 30ºC, com valores iguais a 100%, sendo que nas temperaturas extremas (18 e 33ºC) proporcionaram menores taxas de emergência. O número de parasitóides emergidos por ovo de D. nitidalis variou em função das temperaturas, onde se obteve 1,6 indivíduos por ovo a 24ºC, enquanto que nas demais temperaturas
o valor foi igual a 1,0. A razão sexual não sofreu influência em função das temperaturas. Em relação as exigências térmicas, a temperatura base (Tb) e a constante térmica (K) de T. pretiosum em ovos de D. nitidalis, os valores obtidos foram 11,45ºC e 170,89 graus dias respectivamente. O número estimado de gerações anuais de T. pretiosum nas temperaturas mínimas e máximas do Espírito Santo variaram de 5,45 e 41,76ºC nas temperaturas de 14 e 31ºC. A performance satisfatória de T. pretiosum criados em ovos de D.
nitidalis, nas temperaturas variando de 21 a 30ºC, permite a recomendação desse parasitóide como potencial no controle desta praga.

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