Geotecnologias aplicadas a estudos de perda de solo e degradação ambiental
Resumo: A intensificação das práticas agrícolas e expansão urbana em bacias hidrográficas têm acelerado os processos de erosão. Com este trabalho se objetiva avaliar, por meio de geotecnologias, a perda de solo e a degradação ambiental de ambientes agrícolas, de forma a subsidiar a descrição de padrões de ocorrência de erosão. O projeto visa abrigar subprojetos que apliquem ferramentas de análise espacial, geoprocessamento, sensoriamento remoto e outras análises geotecnológicas, para fomentar o entendimento de processos de degradação ambiental e também a proposição de ações mitigadoras para minimizar impactos aos ambientes. No que diz respeito às análises de perda de solo, envolve o cálculo do potencial natural de erosão, a determinação de fatores relativos a práticas conservacionistas e também o entendimento de como as culturas agrícolas e ou florestais concorrem para a redução da desagregação dos solos e proteção das encostas contra o escoamento superficial. Esses dados podem ser obtidos tanto em campo, através de amostragens direcionadas, ou estimados a partir de estudos envolvendo o uso e ocupação do solo por imagens orbitais geradas de satélites. O estudo será aplicado a áreas de produção agrícola localizadas no Estado de Minas Gerais. A perda de solo será determinada através da equação Universal de Perda de Solo (EUPS). Para determinação da erosividade das chuvas serão utilizados dados de precipitação oriundos das estações pluviométricas da Agencia Nacional de Águas (ANA). A erodibilidade do solo será calculada a partir de dados de solo coletados em campo, em grids amostrais de 150 pontos distribuídos em cada área experimental. Para o cálculo do fator topográfico (LS) serão determinados os valores de comprimento de rampa e classes de declividade, através de operações trigonométricas a partir das coordenadas geográficas e altimétricas de cada ponto amostral. Os fatores relativos à cobertura vegetal (C) e práticas conservacionistas serão baseados nos resultados obtidos por pesquisas científicas em culturas agrícolas semelhantes àquelas encontradas nas áreas a serem avaliadas. A identificação das culturas agrícolas presentes em cada área será realizada utilizando-se imagens de satélite de diferentes épocas, visando estabelecer a evolução de ocupação das áreas. Em cada situação será determinado o risco de erosão (RE), como a razão entre a perda de solo calculada pela perda tolerável para cada tipo de solo de cada área. O limite de perda de solo tolerável foi de 12,0 t ha-1 ano-1, de acordo com limites estabelecidos para Latossolos por Bertol e Almeida (2000). Foram definidas as classes para o Risco de Erosão: muito baixa (< 1); baixa (1 - 2); moderada (2 - 5); alta (5 - 10) e muito alta (> 10), conforme Lagrotti (2000). Primeiramente, os dados serão submetidos a uma estatística descritiva e exploratória para as variáveis individuais, risco de erosão e demais fatores envolvidos na EUPS. Para a verificação dos dados discrepantes, serão analisados os quartis superiores e inferiores e testada a normalidade dos dados pelo teste Kolmogorov-Smirnov a 5% de probabilidade. A dependência espacial das variáveis será determinada através do ajuste de funções teóricas aos variogramas experimentais, dentro da qual se buscará avaliar o atendimento da hipótese de estacionaridade assumida. Comprovada a dependência espacial, os dados serão interpolados para a construção de mapas temáticos para cada área amostral. Para comparar os resultados entre cada área, será calculada a porcentagem de área (em hectares) de cada classe nas diferentes áreas experimentais.
Data de início: 20/05/2017
Prazo (meses): 20
Participantes:
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Nome |
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Coordenador | SAMUEL DE ASSIS SILVA |
Pesquisador | JULIÃO SOARES DE SOUZA LIMA |